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Hoje sou LITERALMENTE uma mae de primeira's, àvida a descobrir a cada dia o prazer de "ser-la"

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Quase 35 semanas

A noite passada durou uma eternidade. Não consegui pregar os olhos. Primeiro porque não achava uma posição, segundo porque as costas latejavam sem trégua. Lucas me acompanhou na imensidão da noite sem fim, se mexendo da mesma forma que eu em busca de uma posição confortável (tadinho! Deve ter ficado morto de cansado também).
Ao raiar do dia meus olhos ardiam, os pés doíam e as costas continuavam a latejar. Por um instante pensei em reclamar, mas tenho visto tantas grávidas em situações piores e tão mais delicadas, que to ate agradecendo a Deus por ser só isso…
Mas de qualquer forma, ainda fico a pensar nos “gordinhos”. A vida é muito mais complicada quando existe uma grande barriga que chega primeiro em qualquer recinto. Sentar é difícil, se abaixar nem se fala, subir escadas é um tormento, pegar um pesinho é fora de cogitação, as pernas ralando uma na outra é sem comentários e até entrar numa piscina exige sacrifício. É nessas condições que me encontro neste momento e a população insiste que tende a piorar.
Começamos a separar as roupas que serão levadas para a maternidade, é num instante como este que o frio na barriga aumenta, um mix de ansiedade e medo me toma por inteiro, pois a cada semana que passa “a coisa” vai ficando mais real, cada etapa nos mostra a avalanche de mudanças que está por vir. E as dúvidas? Por enquanto ainda são mínimas: o que devo levar ou não pro hospital? O que não pode faltar? Cueiro, pano de xixi, manta, são tantas novas palavras no meu vocabulário que ainda não receberam uma definição mais especifica (rsss).
Ai, ai, ai... Permaneço com a expectativa que uma mulher maravilha irá desabrochar em mim a partir do momento que eu me encantar com o primeiro choro ou me apaixonar assim que puder tê-lo nos braços.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

7 meses e meio


A sensação que tenho é que passa 1 ano, mas não chega os 09 meses. Hoje completo 7 meses e meio. E só hoje entendo o termo “descansar”usado como sinônimo de parir.
“Descansar” porque a minha barriga gigante chega antes de mim em qualquer recinto,. “Descansar”porque é duro suportar mais de 10kg do meu peso original. “Descansar” porque meus orgãos tão sendo comprimidos pra dá mais espaço pro meu bebe e consequentemente dificulta minha respiração ou me faz cansar com o mínimo de esforço. “Descansar”porque uma noite inteira de sono já não me pertence mais, pois achar uma posição confortável é quase que uma missão impossível. “Descansar”porque me levanto de meia em meia hora pra esvaziar a bexiga, que está bem apertadinha e enche com muita facilidade. “Descansar”porque meus hormônios até agora estão em constante ebulição e não deixa os enjôos passarem. “Descansar”porque preciso acordar mais cedo que o habitual, pra pegar sol nos seios na tentativa de amenizar qualquer problema com a amamentação. “Descansar”porque as costas doem insistentemente. “Descansar” de toda angustia e receio de pensar no parto. “Descansar”de toda ansiedade de querer tê-lo em meus braços, de imaginar seu rosto, de tentar adivinhar com quem irá se parecer.
E eu vivo a perguntar: diante de tudo isso, qual é a parte boa? Não pode vir somente quando eu “descansar” ..kkkkkk....
“Descansar”?????? Descansar para iniciar uma nova trajetória, sem tempo e nem data marcada pra terminar, onde descanso talvez nem haja mais. Porém tenho absoluta certeza da disposição que vem se acumulando inconscientemente, da vontade de descobrir como é verdadeiramente ser mãe.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Revolução Residencial

Iniciamos a revolução residencial a algumas semanas atras. As novas aquisições estavam se acumulando no "quarto de hospedes" (carrinho, bebe conforto, cadeirinha de carro, sacos de roupas...), mas ainda não tinha revelado o impacto que estava por vir.
Ontem, a mesma revolução teve o seu "boom". Chegou berço, monta berço, chegou comoda, monta cômoda,desmonta cama e leva prâ outro ambiente, e assim o quarto foi ficando pequenininho. A casa estava de cabeça pra baixo e por um instante me perguntei: será que agora vai ser sempre assim????
Tivemos que entrar em ação procurando brexas pra guardar as nossas coisas e abrir espaços no armário pro futuro "morador".
O maridinho de repente me aborda: "eita pau, vai chegar alguem mesmo".
Paramos na porta do quarto e ficamos ali imaginando quantas mudanças ainda estão por vir. Foi ai que percebemos que deixamos de ser uma dupla, que tudo precisa ser recalculado, redividido e somado, a partir deste momento 1+1 é igual a 3. E o casal acaba de tornar-se um triangulo amoroso, cheia de energia, de expectativas, de receios, de planos, de dúvidas. Estamos aprendendo uma nova forma de amar, estamos nos adaptando a essa nova forma de amor, onde o grande sentimento que nos une está gerando descobertas e aprendizado do que uma vida a 3 é capaz de oferecer. Ainda estamos sendo guiados pelos depoimentos de quem ja é pai/mãe, estamos ultrapassando fases, estamos a espera de nos tornar mulher maravilha e super homem, de sentir que somos capazes mais do que somos hoje, estamos a espera dele, que ele desabroxe por completo, que nos permita conhecer o amor incondicional.
Revolução Residencial: isso é só começo!

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Chegamos aos 06 meses


Preciso dizer que hoje já me considero parte do clube das “patas mor”. Já estou (e sou) uma bolinha e qualquer empurrãozinho é capaz de me fazer rolar ladeira abaixo.
Ontem a noite senti, como nunca, minha barriga esticando loucamente, com isso veio a dificuldade de respirar, de comer, de dormir, enfim, maiores revoluções se aproximando. Dormi, quer dizer, coxilei praticamente sentada, despertando a cada vez que a bexiga enchia ou quando o corpo escorregava fazendo-o ficar completamente na horizontal. Que noite!!! E então a população “ajuda”: ah, vai acostumando, porque ainda vai piorar muito! ARGHHHhhhh...ninguém fala nada consolador!
Tenho ficado cansada quando falo muito, quando subo essa bendita escada do meu trabalho, quando dou uma simples caminhada, enfim, tenho ficado cansada. Fico imaginando como a vida deve ser mais difícil pros mais gordinhos (kkkk), pergunto isso direto ao meu pai. Dia desses perguntei pra ele: é ruim não enxergar os ‘’países baixos” né pai???? Ele caiu na gargalhada e nem me respondeu (hihiii).
Lucas tem “chutado” cada vez mais forte, a barriga treme e eu me divirto. Mas me arreto quando ele inventa de se instalar num local (que não sei identificar bem onde é) e que me incomoda com umas dores agudas. É nessa hora que “brigo” com ele: saia daí meu filho, esse lugar não é bom pra você não! Ai me mexo prum lado e pro outro, pra frente e pra trás, na tentativa de tirá-lo do local indesejado.
Os enjôos ainda não passaram (affi), semana passada vomitei tanto que saiu até pelo nariz (ecaaaaa), fiquei completamente sem forças, achei que ia desmaiar. Mas, estão mais espaçados, graças a Deus (menos mau, ne?!).
A cada dia a ansiedade aumenta, fico querendo que ele chegue logo, mas que chegue no tempo dele.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os remelexos

Venho sentindo os remelexos de Lucas na minha barriga a um bom tempo, mas ninguém tinha sentido ainda, pois quando põe a mão ele pára de mexer rapidamente. Sábado passado ele resolveu “dar o ar da sua graça” pra minha irmã. Ficamos eu e ela, no silêncio, com as mãos paradinhas e de leve, a espere dos seus “chutes”. Estávamos as duas rindo e inebriadas com a sensação que aquele momento nos deu (e ela está a dizer que Lucas já reconheceu a tia).
Na segunda, foi a vez do maridinho, que ate o momento não tinha sentido nada. Foi mais uma espera: mãos na barriga paradinhas e de leve, até que ele resolveu deixar o pai senti-lo um pouquinho. Foi divertido ver a persistência dele ali, com a mão parada, esperando, esperando...Até ser surpreendido com o remelexo.
A partir daí começamos a divagar, a imaginar como ele vai ser, com quem vai parecer, o que vai poder fazer ou não, como iremos educar. São tantos “comos” que terão respostas logo que ele vier ao mundo, mas que nos fazem viajar na teoria de uma vida “perfeita”. Mas, na certeza de que perfeição está fora de cogitação, vamos nos preparando e sempre pedindo a Deus que nos conceda a graça de sermos bons pais.
Estou com 22 semanas, metade do caminho já foi andando, os enjoss ainda persistem e nos momentos que me sinto muito mau, ainda consigo me comover quando o Amorim diz:"queria ter o poder de dividir contigo esse mau estar que a gravidez te dá". Desse jeito, só posso pensar: que venham as 20 semanas restante!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A novela

Ontem, assistindo a novela das 20h (Passione), me chamou atenção uma cena de uma discussão entre pai e filho, uma briga feia que quase chegava às vias de fato, onde o filho quase bate no pai e joga na sua cara todas as suas mágoas e ressentimentos por nunca ter tido o amor dele. Um episódio forte e triste, que representa em muito a família dos dias de hoje.
A cena termina com uma declaração de amor linda, onde o filho diz à mãe que nunca teve o pai o presente, mas em compensação, sempre a teve consigo e por isso é completamente apaixonado por ela. Isso me emocionou de forma tal que não consegui conter as lágrimas (pra variar).
Tentei imaginar meu filho já crescido, num lar de muito afeto e compreensão mútua. Tentei me imaginar naquela posição, recebendo uma declaração desse tipo (mas claro, sem a parte de não ter o pai presente). Cheguei a sonhar com isso, um sonho leve e agradável, que me fez acordar disposta e mais ansiosa pelos próximos dias, me deixou ainda mais apaixonada por esse ser que ainda não tem som e imagem bem definidas, mas é a coisa mais linda que já existiu.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Beirando os 05 meses

As 16 semanas chegou trazendo mais uma novidade: umas tremidinhas na barriga, umas dorezinhas um pouco abaixo do umbigo, e uma curiosidade insana de descobrir o que ta pegando. Já comecei a achar que tinha alguma coisa errada e na médica sanei todas as minhas dúvidas. Para a minha surpresa é Lucas que tá crescendo cada vez mais e iniciou sua forma de comunicação.
Já beirando os 05 meses, as tremidinhas mudaram um pouco. Agora, sinto como se tivesse bebido muita água e a barriga fica balançando por dentro, mas ainda é rapidamente e quando ponho a mão pra tentar sentir, ele já muda de lugar. Passo a noite passeando as mãos na minha barriga, tentando achá-lo e me divertindo quando sinto o remelexo.
Os enjôos diminuíram sensivelmente, acho que uns 95%, mas ainda me surpreendem quando menos espero. Tô achando que eles irão me acompanhar até os 09 meses (já não acredito mais na população).
A sensibilidade aguçada ainda persiste e acho que agora se acompanha de umas neuras. Um medo e uma insegurança tomam conta de mim. Será que vou ser uma boa mãe e concomitantemente uma boa esposa?
Os sofrimentos de algumas mães com um filho usando drogas, ou com uma doença grave, ou o desentendimento entre pais e filhos, já me afetam de forma diferente. Imediatamente peço a Deus que me ilumine e me dê muito discernimento
Fico a imaginar como tudo será diferente no ano que vem, imaginando como será ter o novo amor da minha em meus braços e dependendo completamente dos meus instintos pra poder iniciar sua vida aqui com a gente. Quero guiar seus passos para que ele siga sempre pelo caminho do bem. Esse será o meu principal objetivo, e que Deus me ajude.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Para colorir um pouco o ambiente, aqui vai uma foto recente:casamento da minha irmã.
Confiram pra onde to caminhando, quer dizer, ROLANDO....RSSSSS

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

As compras

A impressão que tenho tido, é que Deus planejou que um bebe levaria 09 meses pra nascer, não somente para que ele pudesse se formar dentro da barriga, mas também pra que a mãe tivesse tempo de absorver as mudanças (que não são poucas).
A coisa vai ficando cada vez mais real como um jogo de vídeo game, aonde vamos passando de fases (mas sem game over).
A tia (minha irmã) trouxe de viagem (de lua de mel... rssss) um monte de coisa pro sobrinho: roupas fofas, sapatos, toalhinhas, baba eletrônica, carrinho, bebê conforto, mamadeiras... Foi tanta coisa que mudou o cenário do “quarto de hóspedes”. Eu e o Amorim, depois de organizarmos um pouco as coisas, ficamos ali parados, olhando pra tudo aquilo e de repente ele fala: “é... alguém realmente vai chegar”. É mais um start que recebemos para continuarmos seguindo e mudando de fases.
Na ultima segunda-feira, resolvemos ir ao centro da cidade pra fazer uma pesquisa de preço de berço, cômoda, essas coisas maiores. Chegando lá entrei em desespero, parei no meio da loja e não sabia pra que lado ia, são tantas opções, vários formatos, muita gente no entra e sai, e daí o Amorim olha pra mim e pergunta: “o que é que tem que comprar?”, só consegui responder: “e eu que sei?!”. Demos meia volta e fomos embora (kkkk). No meio do caminho ia pensando: não sei de nada, não sei o que é preciso, não sei o que é fundamental, não sei o que vale a pena e o que não vale, e acabei me sentindo a pior das ignorantes. Affi, preciso pesquisar, me aprofundar e me especializar no assunto “ser mãe”.
Preciso correr, tenho mais ou menos 4 meses, pra tornar o “quarto de hóspedes” um lindo recanto pro nenezinho lindo que vem por ai.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O nome

Sempre temos uma questão a responder no decorrer da nossa vida. Assim que arranjamos um namorado: quando é o noivado? Quando noivamos: casa quando? Casamos: e o filho? Engravida: é menino ou menina? Descobriu o sexo: qual o nome?
Esta última questão é a que me martela a cabeça há várias semanas. Em casa todos têm a sua sugestão e ficam na expectativa da decisão.
Antes de engravidar, sempre me imaginei mãe de um menino. Não conseguia me imaginar enfeitando, botando laçinhos, escolhendo coisas cor de rosas, esses detalhes todos que uma menina requer. Mas também, nunca pensei em nome pra homem.
Depois de grávida, deu um revertério, tinha certeza que seria uma menina, e fiquei por várias vezes a pensar: como vou conseguir fazer um penteado? Será que junto com os instintos maternais vem a sabedoria pra por um laçinho? Com o tempo relaxei. E mais ainda quando da descoberta do sexo.
Os mais próximos diziam: tinha que ser um menino, é mais a tua cara (rsssss).
A partir daí iniciamos a busca por um nome. Antes, brincávamos que seria SINEZIO ou LUCITÂNIA. E não é que de tanto falarmos, com o tempo, “SINEZIO” passou a ser um nome que soava bem (KKKKK).
Meu tio, assim que soube da gravidez, pôs a mão na minha barriga e disse: falem o que quiserem, dêem o nome que quiserem, sonhem com Marina (esse seria o nome se fosse menina), mas Lucas é quem vem por ai. Lucas foi um dos primeiros nomes que pensamos, mas como gostamos de complicar, resolvemos pesquisar um pouco. Pra quê???
Íamos e voltávamos sempre pro mesmo ponto. Então, como bem disse meu tio Eneas: é Lucas quem vem por ai.
É Lucas quem vem pra encher de alegria nossa casa. É Lucas o filhinho da mamãe e do papai. É o neto tão esperado da vovó, é a vontade quase saciada da titia.
Chama-se Lucas o mais novo membro da família. Chama-se Lucas o mais novo amor da minha vida.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Foto do buxo



Atendendo a pedidos, a sugestões e solicitações, ai está foto do "BUXO COM TRÊS MESES E MEIO".Tenho tirada poucas fotos, mas a idéia é mudar esse quadro
Cada dia ele cresce mais. ACredito que serei um "pata mor" em breve.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os quatro meses

Quatro meses se passaram. Os enjôos diminuíram, mas não pararam. Há dias que não sinto nada, mas há outros (como hoje) que vou à loucura como no primeiro mês. Hoje, parece que tudo conspirou contra.
Acordei com o mau estar de costume, mas um cheiro teimava em piorar o negocio. A minha vizinha resolveu cozinhar, logo cedo, alguma coisa que exalava um “cheiro” tão forte que empestou todo o meu apartamento. Entrei em desespero. Fui tomar banho rapidamente na intenção de sair correndo de casa. Na hora de por o desodorante, por pura distração, peguei aquele o qual não suporto sentir o cheiro, mais uma vez voltei pra debaixo do chuveiro esfregando loucamente as axilas pra tirar aquilo de mim. Troquei de roupa ligeiro como quem rouba, peguei minhas coisas e fui direto pro elevador. Já no corredor, era uma mistura de “aromas” que aumentavam minhas náuseas de forma aterrorizante. Na saída do prédio descobri: estão asfaltando minha rua. Misturou o cozinho da comida da vizinha, o maldito do desodorante, o cheiro do asfalto e o estomago vazio. Ai meu Deus do céu que tortura!!! Só consegui melhorar quando cheguei ao trabalho e fiz um lanche.
Algumas pessoas já vem a dizer “ah, isso vai parar nos 05 meses”. E eu continuo a esperar. Já notaram que todo mês aumenta mais um mês ne?! Affi!!!
Mas, contudo, portanto, todavia, já comecei a imaginar o novo cantinho dele. Fico pensando que precisa ser lindo, confortável, pra tentar ao máximo se comparar a morada dele hoje (o meu útero). Já ouvi tanto falar que os bebês relutam em sair de dentro da mãe, porque é o local mais seguro e perfeito pra ele, tem de tudo (comida, bebida, frio, calor, tudo na medida certa). Às vezes me sinto ate egoísta quando quero que o tempo passe logo pra ver a carinha dele, pra pegá-lo no braço. Sei que alguns sentem um medo de sair, de vir ao mundo, mas temos tanto amor para dá-lo, tanta vontade de tê-lo, que tenho absoluta certeza que ele também sente essas vibrações.
Nas inúmeras vezes que acordo durante a noite pra fazer xixi, demoro um pouco a voltar a dormir, ai rezo passando a mão na minha barriga, e não consigo parar de pensar como será quando ele estiver aqui. Penso nas mudanças, penso nas “perdas e nos ganhos”, e peço a Deus que me faça ser uma boa mãe e o Amorim um bom pai, que eu consiga fazê-lo ser um bom filho, e que estejamos sempre unidos para sermos capazes de ultrapassar todos os obstáculos e provas que virão. Pois com certeza virão!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Enfim, o sexo.

01 mês se passou desde a ultima ultrassonografia. Foi um mês imaginando, especulando e esperando pra saber o que Deus está reservando pra nós. Já sabíamos que esse espírito vem se preparando a um bom tempo pra se “entregar” pra gente.
O dia de ontem, tinha hora exata pra se tornar mais divertido: 16h da tarde. Esse foi o horário de satisfazer a curiosidade da população e em especial a nossa.
Marcamos o exame com um outro médico, diferente do que estávamos acostumados. Esse médico é considerado o “Pikachu” da ultrason, consegue ver o que ninguém ver, e acerta na mosca o sexo do bebê, mesmo quando este não permite que se veja nitidamente as suas partes intimas (rsss).
Cheguei ao consultório sozinha e logo dei de cara com um “mói de grávida do buxão”. Lá parecia mais uma reunião de “patas” com os seus acompanhantes. Por alguns instantes me senti a mais solitária das mortais (ô sensibilidadeeee!!!), e estava a espera do maridinho e da sogra. Pra minha surpresa, juntos chegam minha mãe, minha irmã, a sogra e o marido. Uma galera pra entrar na sala de exames, que ficou pequena com tanta gente junta.
O médico iniciou o procedimento medindo tudo O bebê já tem 15cm, todos os membros formados, e não parava de mexer os braços e pernas. Ele mostrava o cérebro, os olhos, nariz, e eu só pensava “desce logo moço, pra região dos países baixos” (kkk). De repente ele pára num certo ponto e eu tomei logo um susto, não acreditava que eu tava vendo aquilo, mas fiquei caladinha, a espera do veredicto final. O medico fala “já vi o sexo”, num só coro todo mundo na sala repete “o que é doutor?”, e ele só apontava pro monitor, “olhem lá”. Mas ninguém conseguia decifrar, “o que é doutor?”, ele rindo, descreveu o órgão: aqui tem um saquinho e aqui um pintinho (kkkkk). Mainha começou logo a chorar, minha irmã só dizia “e agora? E o nome?”, minha sogra ria, o Amorim não dizia uma palavra com os olhos arregalados, e eu, fiquei numa emoção contida e deverasmente surpresa (pois eu tinha certeza que era uma menina).
Foi aqui que a ficha caiu: estou realmente grávida. Foi onde consegui me emocionar. Foi onde me dei conta: seremos pais. Foi onde desejei mais ainda tê-lo em meus braços rapidamente.
Agora é real. É um menino que tá sendo formado e tá aqui dentro de mim.
Que ele venha senhor meu Deus com muita saúde, sempre na certeza que já o amamos verdadeiramente e estamos esperando-o ansiosamente.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A tia vai casar

Namorar sempre foi um tormento, se abusava rapidamente do rapaz da vez. Em casa, todo mundo brincava: “vai ficar pra titia”. Ao contrario de mim, namorou e ficou muito pouco (hihihihi). Quando falávamos em casamento, “ela” se arrepiava toda, morria de medo, tinha verdadeiro pavor mesmo. E eu, constantemente ansiava que “ela” encontrasse alguém.
Quando um namoro passou dos 06 meses, fomos ao delírio. Era um bom sinal. Levou o namorado pra que a família conhecesse; ia ao cinema; saía à noite de mãos dadas; fazia programas de casal, enfim, encontrou alguém. E quem diria??!!! Esse namoro durou 07 anos, virou noivado, casamento marcado e desfeito a 30 dias da sua realização. “Ela” havia encontrado alguém, mas não o amor. Foi aqui onde percebi a diferença entre se ter alguém e se ter amor.
Toda a família sofreu com o rompimento. Mas a força que “ela” tem se sobressaiu a dor da decepção. Não há males que não traga bem. Unimos-nos como nunca, nos reaproximamos como na época em que éramos apenas meninas, reconstruímos nossa confiança mútua, nos fizemos mais presentes, nos amamos mais.
Depois da tempestade veio a bonança. De tanto a população falar, especular, fofocar e às vezes ate afirmar, os melhores amigos passaram a se olhar diferente, a se perguntar “será que é?”. E o melhor de tudo é que era, quer dizer, foi, na verdade é! Mais uma vez encontrou alguém, só que não precisava levar pra família conhecer: a família já o conhecia muito bem e já o admirava desde sempre. Foi recebido como se já fizesse parte do nosso mundo. Sofreu com os falatórios, sofreu porque não queria ocupar lugar de ninguém, teimou que não podia ter o carinho de todos assim tão rapidamente. Perguntávamos-nos por que não se ele sempre esteve presente???
Assim 02 anos se passaram. O namoro vingou, o noivado chegou e o casamento marcou. Próxima sexta-feira a família e amigos estarão em festa, numa alegria sem noção, porque dessa vez o amor chegou ao mesmo instante que encontrou alguém.
“Ela”, minha irmã, casa dia 20/08/10, com todas as pompas e paetês que merece. Decidiu que iria casar assim como quem escolhe uma bicicleta, numa confiança tamanha que não lhe era comum. O pavor de casamento sumiu, restou a certeza e o desejo forte de ser feliz. Os medos ainda existem, mas quem não tem medo? Acho que o medo nos torna capaz!
A “ela”, minha irmã, quase uma mulher casada, e tia que sempre quis ser, desejo toda a felicidade e amor do mundo.
Estando cada vez mais certa: QUE TUDO TEM UMA RAZÃO DE SER!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O primeiro dia dos pais

Caramba!!! Estamos mesmo crescendo, estamos mesmo mudando. Hoje é o primeiro dia dos pais do Amorim, com direito a presente ao acordar e tudo mais.
A ciência, a população, as crendices, as lendas, cada uma delas tem uma opinião quando o assunto é como chamar o bebê que ainda está na barriga da mãe: embrião, feto ou seja lá do que quiserem chamar. Eu já o tenho como MEU FILHO (A), que está com certeza aproveitando esse tempo aqui dentro, protegido e resguardado. Então não poderia deixar de comemorar o dia dos pais quadruplicando: Amorim que agora é pai e Meu pai e meu sogro que agora são avôs. Todos numa alegria e expectativa incontida.
Hoje observei o novo pai, meu marido, sob uma nova perspectiva, mas com a admiração de sempre. Hoje é o dia dele, mas como de costume ele é quem cuidou de mim: preparou meu café da manhã, levou na cama, me trouxe os “remédios/vitaminas” que preciso tomar todos os dias, organizou minhas roupas no armário e o tempo inteiro a me perguntar se eu estava me sentindo bem. Fiquei a imaginar o Amorim sendo pai, com uma curiosidade louca pra saber como será (esse é o meu imediatismo singular...rssss), mas falta algum tempo ainda pra descobrir isso verdadeiramente. De repente me deu um “instalo”: o Amorim pai, é esse que tá aqui bem na minha frente todos esses anos. Paciente, protetor, compreensivo, estressado as vezes, e que cuida de mim da forma mais linda e amorosa que se pode ter. Sendo assim comigo, com seu filho (a) não tem como ser diferente.
É por essas e outras que eu te amo.
Feliz dia dos pais!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ao som de Leonardo

Hoje, dirigindo sozinha pra ir a médica, liguei o som do carro, como a muito tempo nào fazia.
Alheia ao que se passava no rádio, de repente fui surpreendida e levada direto ao túnel do tempo por uma canção bem antiga.
"...me abraças, E tuas palavras são: Quando o amanhã chegar vou te esperar sorrindo
Pra te dizer feliz que te desejo tanto; amanhã quero te dar amor; Igual a uma rosa quando forte brilha; O sol
E eu te direi quase à meia-voz ; Que o tempo nesta noite que é só nossa não demora a passar; Apaga essa sa luz que eu tenho tanto amor pra te dar...." (Leonardo Sullivan).

Ouvindo esses versos, me senti ali: naquela casa antiga,no bairro de Piedade em Recife, no período da manhã. Na radiola (radiola mesmo, com vinil rodando) Leonardo Sullivan tocando sem cansar, enquanto minha VOLÚVIA (era assim que eu chamava a minha Avó) organizava o almoço. Lá pelas 10horas, ela preparava um caldo de arroz quentinho e colocava manteiga, era o meu lanche (nunca mais comi esse caldo). Essa era a hora da pausa na minha brincadeira com o conjuntinho de xicrinhas dela, que eu fazia de brinquedo e ela nunca reclamou. Até o almoço, éramos só nós duas em casa. Consigo ver claramente, ao fechar meus olhos, ela cantarolando pedaços dessa música que ficaram gravados na minha memória por todo esse tempo. Eu devia ter uns 7 ou 8 anos e sinto um aperto no peito de saudade desse tempo que não volta nunca mais.
Hoje senti a falta do abraço, do cheiro, de apertar e "amolengar" seus braços molinhos como se fossem uma papinha (ela odiava!). Senti falta de perdi-lhe a benção e de ouvir sua resposta: Deus te faça feliz!
Tô descrevendo esse momento livremente, e alguem pode se perguntar: porque falar sobre isso aqui???
Minha resposta é simples. Amava a minha Avó com todas as forças do meu coração. Tô aqui a lamentar, a lastimar, chorando sentidamente sem controlar as lágrimas que tão caindo sem cessar. Tô nesse estado porque to esperando um novo bisneto(a) pra ela (e ela não estará aqui pra vê-lo), é o meu filho(a) que vem por ai , que não terá o privilégio de tê-la conhecido nessa vida (talvez em outras, nao se sabe), não terá a sorte de receber uma das formas de amor mais lindas que eu recebi, com certeza receberá outras mas não a dela, não a que eu tive.
Mas tenho absoluta convicção de que ela estará sempre a nos abençoar e a nos proteger onde quer que esteja. Sempre a dizer:que Deus nos faça feliz!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os três meses

Com a descoberta da gravidez, vieram junto os sintomas mais desagradáveis que já existiu: os enjôos. Isso aconteceu uma semana depois do resultado “positivo”. Um mal estar horroroso, náuseas, indisposição e nojo de tudo. Logo vieram os mais espertos a dizerem “é psicológico”. Psicológico era o vômito louco que não me deixava comer e nem beber nada, me deixando prostrada em cima da cama, paradinha, sem me mexer, na doce ilusão de uma hora passar.
Um dia após o outro a mesma cena se repetindo: vômito atrás de vômito (o banheiro tornou-se meu melhor amigo), as pernas e braços a tremer, câimbras nas pernas, além do surgimento de novos sintomas, gengiva inflamada, queda de cabelo e irritabilidade. Tomei remédio pra enjôo, chupei gelo, cheirei casca de laranja e de limão, comi coisa azeda, tentei o doce, fiquei deitada, as vezes sentada, impossível ficar de pé. Chorei, desesperei, pedi “arrego”. E nada adiantou. Quanta coisa ne?! Mas a população acalmava: “quando fizer três meses, passa!”.
Cheguei a rezar fervorosamente pelos três meses. Marquei no calendário com um X, dia após dia, parecendo um preso na expectativa louca de sentir a liberdade.
Enfim, os três meses “chegaram”, mas NÃO trouxe consigo a “cura”. Trouxe MENOS mal estar, e outro alento da população: “dos quatro meses não passa!”.
O calendário continua a ser marcado, a “cura” continua sendo sonhada, e o amor maternal continua a ser germinado dentro do meu coração.
Hoje começo a compreender o dito popular: Ser mãe é padecer no paraíso! rssssss

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ultrason

Vou ter que confessar que minha primeira ultrason não foi nada daquilo que sempre ouvi falar: “é uma emoção forte”, “é o seu filho que tá ali sem formando”, ou “é o caroço de feijão mais lindo que já existiu”. Não consegui ver e nem sentir nada disso, pelo contrário, tava tão enjoada, querendo vomitar, completamente deitada (o que piora minhas náuseas), sem conseguir escutar e processar nada do que a médica falava, eu só pensava em sair dali correndo e buscar o banheiro mais próximo. Affi! Um horror! Cheguei ate a me sentir culpada, alguns dias depois, mas rapidamente passou.
A segunda visita ao “ultrasonografista” (não faço idéia se existe esse termo..rsrrssr), foi menos traumatizante. Apesar de ter que tomar litros e litros de água pra bexiga enxer, a revolução estomacal e uterina estavam mais calmas nesse dia. Esperamos pacientemente das 9h ao meio dia pra sermos atendidos (estava eu e o Amorim), enquanto observávamos as pessoas naquele salão. Havia uma grávida, já com 9 meses, uma barriga imensa, que teria o parto na semana seguinte. Ficamos ali conversando, e imaginando como será quando eu estiver naquele ponto. Barriga gigantesca, andando feito uma pata e rezando pra que chegue logo o dia. Ao mesmo tempo, conversávamos sobre a hora da ultrason (que tava demorando demais a chegar). Já quase beirando os 3 meses de gravidez, nossa maior curiosidade é saber o sexo....rsrsrsrsrsr.
Quando chegou nossa vez, foi uma alegria total, já passava do meio dia, não tinha mais ninguém no salão, éramos só nós.
O enjôo deu uma trégua, mas o xixi tava quase saindo e meu medo era não segurá-lo assim que a médica passou o gel (gelado) na minha barriga. Dessa vez eu tava ansiosa, querendo ver tudo o que eu não tinha conseguido ver na última visita. A médica explica pacientemente cada “coisa” que vai aparecendo no monitor. Mostra o coração batendo acelerado e já avisa o quanto ele (a) cresceu desde a última visita. Já tem 5cm (rssss), e não pára de nadar de um lado pro outro, como se tivesse numa piscina de ondas. Ela mede tudo que é possível e descreve pra gente cada passo. Nessa visita, o mais importante é a Translucência Nucal, e quando ela diz que tá tudo normal, não dá pra segurar a curiosidade e eu pergunto: E o sexo? Já dá pra ver???? Ela mexe prum lado e pra outro, na tentativa de mudá-lo (a) de posição, mas só o que conseguimos ver (saber) é que as perninhas estavam fechadas, não dava pra ver. Vamos ficar mais um mês na ansiedade.:(
Não posso dizer que a ficha caiu depois dessa ultra, mas alguma coisa muda. Parece que vai se tornando mais real. Ainda não consigo senti-lo (a), mas já penso e rezo alto pra que saiba o quanto ele (a) tá sendo esperado, o quanto ele foi desejado e como ele será amado.
Bendito Seja o Ultrason!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

As alterações

São incríveis as alterações que vem ocorrendo.
Tenho enjoado o dia todo, todo dia. Completamente indisposta, sinto as pernas e os braços numa tremedeira sem fim. A hora de comer é uma tortura. Mãe, Pai, sogra, marido, irmãos, todos na insistência e no oferecimento de diversos tipos de comida, mas é bem difícil aceitar. A água tem sido um cruel inimigo, sinto a necessidade de tomá-la, mas aumenta o mal-estar sensivelmente. Os seios estão quase explodindo, eu sinto a pele se esticando a noite (é engraçado e dolorido.....rsssss).
Sem falar no humor, uma hora tudo é lindo, na hora seguinte é um abuso sem fim.
Tenho chorado com tudo e por tudo: quando o Amorim não faz o que eu peço, quando ele não me diz “eu te amo” ou quando não elogia meu cabelo, quando me dizem “isso é normal”, quando não sinto vontade de comer ou quando vejo uma família feliz num anúncio de margarina na TV. Simplesmente choro!
E hoje eu me pergunto: gravidez NÃO é doença??!! Choco alguns com essa questão e ganho adeptas na mesma proporção. É “doença sadia” que traz com ela um vírus incurável e intratável , um vírus que te toma por inteiro, que revela os teus melhores sentimentos e desejos, que te faz querer ser melhor, que te faz querer ser exemplo, pois te traz uma vida para que você a ensine a “viver”.
As alterações apenas começaram muitas ainda estão por vir. Antes, éramos dois: amigos e amantes a construir uma relação. Fizemos nossa base sólida, para hoje ter a certeza de recebermos esse presente de Deus, no momento que Ele achou ser o certo. Agora, seremos três: pai, mãe e filho(a) a querer fervorosamente ser uma família bem feliz.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Um texto de presente

Esta eu tenho que compartilhar. O texto abaixo foi redigido pelo irmão. Espero que todos gostem assim como eu (AMEI).

"Sempre tivemos o desejo,
Às vezes reinava a desconfiança,
Muitos murmurinhos,
Pois queríamos um sobrinho,
Mas apostávamos no querido Pedro,
Para ter esse herdeiro
Tiramos o seu sossego,
Brincamos em falar de terceiros,
Isso só nos festejos,
Pois sempre tivemos esperança,
Que Deus com sua inigualável bonança
Que no ventre da Angélica,
Gerasse uma criança,
Esta que nos trará alegria,
Nós afastando da nostalgia,
Nessa hora maravilhosa,
Minha avó honrosa,
Pudesse esta felicidade entre nós desfrutar,
Mais sei que onde ela estiver,
Ela vai orar,
E que essa linda criança que estar a nascer,
Ela irá abençoar."
Vinicius Carlos

terça-feira, 20 de julho de 2010

A descoberta


Mesmo quando planejado, mesmo quando esperado por tanto meses, quando a realidade te diz que chegou a hora, o susto é incontrolável.
Passamos 9 meses na tentativa de engravidar. Mestruação nunca foi tão odiada, misturada a frustração e ao medo de não poder ser mãe, resultava num turbilhão de sentimentos. A "bendita" atrasou apenas 2 dias no mês de maio, resolvi comprar o teste de farmácia. Não havia expectativa de dá positivo, era somente para tirar qualquer ansiedade que por ventura estava por vir, era somente pra relaxar e planejar para tentar mais uma vez. Não contei nada pra ninguém, comprei o teste numa segunda a noite e esperei ate o outro dia para pegar a primeira urina (seguindo orientações da bula). Acordei bem cedo e me tranquei no banheiro. O Amorim (meu marido) já estava de pé se organizando pro trabalho. Quando entrou no quarto, viu a cama vazia e já pensou "ela mestruou". Foi tomar seu banho no banheiro social, enquanto eu ainda estava trancada no nosso banheiro.
O primeiro traçinho do teste subiu numa velocidade imensa, e o outro fez questão de se formar seguindo os 5 min que se pede para que o marcador fique na urina. A medida que ele se formava, eu não acreditava no que eu tava vendo. O coração ia acelerando loucamente, e eu "me dizia": NÃO É POSSÍVEL!!!! Enfim, os 2 marcadores estavam ali na minha frente, mas não era iguais, o primeiro era mais escuro que o segundo. Affi! Será que é????
Corri pro banheiro social pra falar com Amorim. Só botei o rosto entre a porta e ele: O QUE FOI????? E eu: nada não. Ele pensou rapidamente "ela mestruou, já chorou e tá depressiva"...kkkkk....
Voltei pra cama e fiquei com o marcador na mão. Quando ele entrou no quarto se assustou: O que tá acontecendo???? Eu só consegui dizer: - Quantos traçinhos tem nesse marcador? Ele prontamente respondeu: - Dois. Falei: - Pois então ler o resultado desse exame.
Ríamos gostosamente, como se fosse uma piada hilária. Ríamos descredulamente, como se não fosse conosco. Ríamos e nos perguntávamos: e agora?????????? rsrsrsrsrs
Sai direto pra um laboratório pra fazer o beta hcg as 8h da manhã. O resultado só sairia as 17h. Ô dia demorado!!!Ô ansiedade da gota!!!
As 17hs estavamos nós 2 com o exame nas mãos, vendo o "POSITIVO" mas achando a coisa mais dificil do mundo de entender. Voltamos a recepção do laboratório e pedimos ajuda para "decifrar" o resultado do exame. As funcionárias do laboratório só puderam dizer que era POSITIVO e que procurassemos um medico para maiores explicação. Eu insistia em perguntar: é positivo? Tô grávida?
Ligamos para minha gineco, li todo o exame pra ela que confirmava: você ta grávida minha filha!!! Parabens!!! Venha no consultorio amanha logo!!! Nada de sexo por 03 meses!!!
Essas foram as primeiras orientações. Era real.
Chorei e ri agarrada com o Amorim. Perguntando o tempo inteiro: e agora????
Na casa da minha mãe entreguei o exame e pedi pra lerem. Parece piada, mas ninguem conseguia entender nada de imediato, logo depois a surpresa tão esperada. Minha irmã chorava bastante e ria ao mesmo tempo. Meus pais em estado de choque (kkkkkk), mas todos enebriados de muita alegria, agradecendo a Deus por tornar real aquele desejo de ser um pouco mais do que são: mãe, avôs e tios.
É aqui que tudo começa.....