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Hoje sou LITERALMENTE uma mae de primeira's, àvida a descobrir a cada dia o prazer de "ser-la"

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Foto do buxo



Atendendo a pedidos, a sugestões e solicitações, ai está foto do "BUXO COM TRÊS MESES E MEIO".Tenho tirada poucas fotos, mas a idéia é mudar esse quadro
Cada dia ele cresce mais. ACredito que serei um "pata mor" em breve.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os quatro meses

Quatro meses se passaram. Os enjôos diminuíram, mas não pararam. Há dias que não sinto nada, mas há outros (como hoje) que vou à loucura como no primeiro mês. Hoje, parece que tudo conspirou contra.
Acordei com o mau estar de costume, mas um cheiro teimava em piorar o negocio. A minha vizinha resolveu cozinhar, logo cedo, alguma coisa que exalava um “cheiro” tão forte que empestou todo o meu apartamento. Entrei em desespero. Fui tomar banho rapidamente na intenção de sair correndo de casa. Na hora de por o desodorante, por pura distração, peguei aquele o qual não suporto sentir o cheiro, mais uma vez voltei pra debaixo do chuveiro esfregando loucamente as axilas pra tirar aquilo de mim. Troquei de roupa ligeiro como quem rouba, peguei minhas coisas e fui direto pro elevador. Já no corredor, era uma mistura de “aromas” que aumentavam minhas náuseas de forma aterrorizante. Na saída do prédio descobri: estão asfaltando minha rua. Misturou o cozinho da comida da vizinha, o maldito do desodorante, o cheiro do asfalto e o estomago vazio. Ai meu Deus do céu que tortura!!! Só consegui melhorar quando cheguei ao trabalho e fiz um lanche.
Algumas pessoas já vem a dizer “ah, isso vai parar nos 05 meses”. E eu continuo a esperar. Já notaram que todo mês aumenta mais um mês ne?! Affi!!!
Mas, contudo, portanto, todavia, já comecei a imaginar o novo cantinho dele. Fico pensando que precisa ser lindo, confortável, pra tentar ao máximo se comparar a morada dele hoje (o meu útero). Já ouvi tanto falar que os bebês relutam em sair de dentro da mãe, porque é o local mais seguro e perfeito pra ele, tem de tudo (comida, bebida, frio, calor, tudo na medida certa). Às vezes me sinto ate egoísta quando quero que o tempo passe logo pra ver a carinha dele, pra pegá-lo no braço. Sei que alguns sentem um medo de sair, de vir ao mundo, mas temos tanto amor para dá-lo, tanta vontade de tê-lo, que tenho absoluta certeza que ele também sente essas vibrações.
Nas inúmeras vezes que acordo durante a noite pra fazer xixi, demoro um pouco a voltar a dormir, ai rezo passando a mão na minha barriga, e não consigo parar de pensar como será quando ele estiver aqui. Penso nas mudanças, penso nas “perdas e nos ganhos”, e peço a Deus que me faça ser uma boa mãe e o Amorim um bom pai, que eu consiga fazê-lo ser um bom filho, e que estejamos sempre unidos para sermos capazes de ultrapassar todos os obstáculos e provas que virão. Pois com certeza virão!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Enfim, o sexo.

01 mês se passou desde a ultima ultrassonografia. Foi um mês imaginando, especulando e esperando pra saber o que Deus está reservando pra nós. Já sabíamos que esse espírito vem se preparando a um bom tempo pra se “entregar” pra gente.
O dia de ontem, tinha hora exata pra se tornar mais divertido: 16h da tarde. Esse foi o horário de satisfazer a curiosidade da população e em especial a nossa.
Marcamos o exame com um outro médico, diferente do que estávamos acostumados. Esse médico é considerado o “Pikachu” da ultrason, consegue ver o que ninguém ver, e acerta na mosca o sexo do bebê, mesmo quando este não permite que se veja nitidamente as suas partes intimas (rsss).
Cheguei ao consultório sozinha e logo dei de cara com um “mói de grávida do buxão”. Lá parecia mais uma reunião de “patas” com os seus acompanhantes. Por alguns instantes me senti a mais solitária das mortais (ô sensibilidadeeee!!!), e estava a espera do maridinho e da sogra. Pra minha surpresa, juntos chegam minha mãe, minha irmã, a sogra e o marido. Uma galera pra entrar na sala de exames, que ficou pequena com tanta gente junta.
O médico iniciou o procedimento medindo tudo O bebê já tem 15cm, todos os membros formados, e não parava de mexer os braços e pernas. Ele mostrava o cérebro, os olhos, nariz, e eu só pensava “desce logo moço, pra região dos países baixos” (kkk). De repente ele pára num certo ponto e eu tomei logo um susto, não acreditava que eu tava vendo aquilo, mas fiquei caladinha, a espera do veredicto final. O medico fala “já vi o sexo”, num só coro todo mundo na sala repete “o que é doutor?”, e ele só apontava pro monitor, “olhem lá”. Mas ninguém conseguia decifrar, “o que é doutor?”, ele rindo, descreveu o órgão: aqui tem um saquinho e aqui um pintinho (kkkkk). Mainha começou logo a chorar, minha irmã só dizia “e agora? E o nome?”, minha sogra ria, o Amorim não dizia uma palavra com os olhos arregalados, e eu, fiquei numa emoção contida e deverasmente surpresa (pois eu tinha certeza que era uma menina).
Foi aqui que a ficha caiu: estou realmente grávida. Foi onde consegui me emocionar. Foi onde me dei conta: seremos pais. Foi onde desejei mais ainda tê-lo em meus braços rapidamente.
Agora é real. É um menino que tá sendo formado e tá aqui dentro de mim.
Que ele venha senhor meu Deus com muita saúde, sempre na certeza que já o amamos verdadeiramente e estamos esperando-o ansiosamente.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A tia vai casar

Namorar sempre foi um tormento, se abusava rapidamente do rapaz da vez. Em casa, todo mundo brincava: “vai ficar pra titia”. Ao contrario de mim, namorou e ficou muito pouco (hihihihi). Quando falávamos em casamento, “ela” se arrepiava toda, morria de medo, tinha verdadeiro pavor mesmo. E eu, constantemente ansiava que “ela” encontrasse alguém.
Quando um namoro passou dos 06 meses, fomos ao delírio. Era um bom sinal. Levou o namorado pra que a família conhecesse; ia ao cinema; saía à noite de mãos dadas; fazia programas de casal, enfim, encontrou alguém. E quem diria??!!! Esse namoro durou 07 anos, virou noivado, casamento marcado e desfeito a 30 dias da sua realização. “Ela” havia encontrado alguém, mas não o amor. Foi aqui onde percebi a diferença entre se ter alguém e se ter amor.
Toda a família sofreu com o rompimento. Mas a força que “ela” tem se sobressaiu a dor da decepção. Não há males que não traga bem. Unimos-nos como nunca, nos reaproximamos como na época em que éramos apenas meninas, reconstruímos nossa confiança mútua, nos fizemos mais presentes, nos amamos mais.
Depois da tempestade veio a bonança. De tanto a população falar, especular, fofocar e às vezes ate afirmar, os melhores amigos passaram a se olhar diferente, a se perguntar “será que é?”. E o melhor de tudo é que era, quer dizer, foi, na verdade é! Mais uma vez encontrou alguém, só que não precisava levar pra família conhecer: a família já o conhecia muito bem e já o admirava desde sempre. Foi recebido como se já fizesse parte do nosso mundo. Sofreu com os falatórios, sofreu porque não queria ocupar lugar de ninguém, teimou que não podia ter o carinho de todos assim tão rapidamente. Perguntávamos-nos por que não se ele sempre esteve presente???
Assim 02 anos se passaram. O namoro vingou, o noivado chegou e o casamento marcou. Próxima sexta-feira a família e amigos estarão em festa, numa alegria sem noção, porque dessa vez o amor chegou ao mesmo instante que encontrou alguém.
“Ela”, minha irmã, casa dia 20/08/10, com todas as pompas e paetês que merece. Decidiu que iria casar assim como quem escolhe uma bicicleta, numa confiança tamanha que não lhe era comum. O pavor de casamento sumiu, restou a certeza e o desejo forte de ser feliz. Os medos ainda existem, mas quem não tem medo? Acho que o medo nos torna capaz!
A “ela”, minha irmã, quase uma mulher casada, e tia que sempre quis ser, desejo toda a felicidade e amor do mundo.
Estando cada vez mais certa: QUE TUDO TEM UMA RAZÃO DE SER!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O primeiro dia dos pais

Caramba!!! Estamos mesmo crescendo, estamos mesmo mudando. Hoje é o primeiro dia dos pais do Amorim, com direito a presente ao acordar e tudo mais.
A ciência, a população, as crendices, as lendas, cada uma delas tem uma opinião quando o assunto é como chamar o bebê que ainda está na barriga da mãe: embrião, feto ou seja lá do que quiserem chamar. Eu já o tenho como MEU FILHO (A), que está com certeza aproveitando esse tempo aqui dentro, protegido e resguardado. Então não poderia deixar de comemorar o dia dos pais quadruplicando: Amorim que agora é pai e Meu pai e meu sogro que agora são avôs. Todos numa alegria e expectativa incontida.
Hoje observei o novo pai, meu marido, sob uma nova perspectiva, mas com a admiração de sempre. Hoje é o dia dele, mas como de costume ele é quem cuidou de mim: preparou meu café da manhã, levou na cama, me trouxe os “remédios/vitaminas” que preciso tomar todos os dias, organizou minhas roupas no armário e o tempo inteiro a me perguntar se eu estava me sentindo bem. Fiquei a imaginar o Amorim sendo pai, com uma curiosidade louca pra saber como será (esse é o meu imediatismo singular...rssss), mas falta algum tempo ainda pra descobrir isso verdadeiramente. De repente me deu um “instalo”: o Amorim pai, é esse que tá aqui bem na minha frente todos esses anos. Paciente, protetor, compreensivo, estressado as vezes, e que cuida de mim da forma mais linda e amorosa que se pode ter. Sendo assim comigo, com seu filho (a) não tem como ser diferente.
É por essas e outras que eu te amo.
Feliz dia dos pais!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Ao som de Leonardo

Hoje, dirigindo sozinha pra ir a médica, liguei o som do carro, como a muito tempo nào fazia.
Alheia ao que se passava no rádio, de repente fui surpreendida e levada direto ao túnel do tempo por uma canção bem antiga.
"...me abraças, E tuas palavras são: Quando o amanhã chegar vou te esperar sorrindo
Pra te dizer feliz que te desejo tanto; amanhã quero te dar amor; Igual a uma rosa quando forte brilha; O sol
E eu te direi quase à meia-voz ; Que o tempo nesta noite que é só nossa não demora a passar; Apaga essa sa luz que eu tenho tanto amor pra te dar...." (Leonardo Sullivan).

Ouvindo esses versos, me senti ali: naquela casa antiga,no bairro de Piedade em Recife, no período da manhã. Na radiola (radiola mesmo, com vinil rodando) Leonardo Sullivan tocando sem cansar, enquanto minha VOLÚVIA (era assim que eu chamava a minha Avó) organizava o almoço. Lá pelas 10horas, ela preparava um caldo de arroz quentinho e colocava manteiga, era o meu lanche (nunca mais comi esse caldo). Essa era a hora da pausa na minha brincadeira com o conjuntinho de xicrinhas dela, que eu fazia de brinquedo e ela nunca reclamou. Até o almoço, éramos só nós duas em casa. Consigo ver claramente, ao fechar meus olhos, ela cantarolando pedaços dessa música que ficaram gravados na minha memória por todo esse tempo. Eu devia ter uns 7 ou 8 anos e sinto um aperto no peito de saudade desse tempo que não volta nunca mais.
Hoje senti a falta do abraço, do cheiro, de apertar e "amolengar" seus braços molinhos como se fossem uma papinha (ela odiava!). Senti falta de perdi-lhe a benção e de ouvir sua resposta: Deus te faça feliz!
Tô descrevendo esse momento livremente, e alguem pode se perguntar: porque falar sobre isso aqui???
Minha resposta é simples. Amava a minha Avó com todas as forças do meu coração. Tô aqui a lamentar, a lastimar, chorando sentidamente sem controlar as lágrimas que tão caindo sem cessar. Tô nesse estado porque to esperando um novo bisneto(a) pra ela (e ela não estará aqui pra vê-lo), é o meu filho(a) que vem por ai , que não terá o privilégio de tê-la conhecido nessa vida (talvez em outras, nao se sabe), não terá a sorte de receber uma das formas de amor mais lindas que eu recebi, com certeza receberá outras mas não a dela, não a que eu tive.
Mas tenho absoluta convicção de que ela estará sempre a nos abençoar e a nos proteger onde quer que esteja. Sempre a dizer:que Deus nos faça feliz!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os três meses

Com a descoberta da gravidez, vieram junto os sintomas mais desagradáveis que já existiu: os enjôos. Isso aconteceu uma semana depois do resultado “positivo”. Um mal estar horroroso, náuseas, indisposição e nojo de tudo. Logo vieram os mais espertos a dizerem “é psicológico”. Psicológico era o vômito louco que não me deixava comer e nem beber nada, me deixando prostrada em cima da cama, paradinha, sem me mexer, na doce ilusão de uma hora passar.
Um dia após o outro a mesma cena se repetindo: vômito atrás de vômito (o banheiro tornou-se meu melhor amigo), as pernas e braços a tremer, câimbras nas pernas, além do surgimento de novos sintomas, gengiva inflamada, queda de cabelo e irritabilidade. Tomei remédio pra enjôo, chupei gelo, cheirei casca de laranja e de limão, comi coisa azeda, tentei o doce, fiquei deitada, as vezes sentada, impossível ficar de pé. Chorei, desesperei, pedi “arrego”. E nada adiantou. Quanta coisa ne?! Mas a população acalmava: “quando fizer três meses, passa!”.
Cheguei a rezar fervorosamente pelos três meses. Marquei no calendário com um X, dia após dia, parecendo um preso na expectativa louca de sentir a liberdade.
Enfim, os três meses “chegaram”, mas NÃO trouxe consigo a “cura”. Trouxe MENOS mal estar, e outro alento da população: “dos quatro meses não passa!”.
O calendário continua a ser marcado, a “cura” continua sendo sonhada, e o amor maternal continua a ser germinado dentro do meu coração.
Hoje começo a compreender o dito popular: Ser mãe é padecer no paraíso! rssssss