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Hoje sou LITERALMENTE uma mae de primeira's, àvida a descobrir a cada dia o prazer de "ser-la"

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O desmame


Aquela estória de que quando nasce um filho, imediatamente surge uma mãe, não se deve levar ao pé da letra. No meu caso, a “mãe” se escondeu bem dentro de mim e foi trabalhoso achá-la (mas por fim encontrei-a).
Amamentar foi uma das tarefas mais dolorosas e difíceis que tive que aprender. Iniciou muito antes de Lucas chegar, com as pesquisas. Todos os dias, religiosamente, fazia exercícios no bico dos seios, passava bucha vegetal na hora do banho, a noite ainda tinha o momento da escovinha (escovava literalmente o bico para deixá-lo mais “rústico”, tinha vezes que ficava todo ferido e eu não agüentava tocar. Foi toda uma preparação para poder dar de mamar.
Na primeira mamada já acabei descobrindo que amamentar não era tão lindo como nos comerciais de margarina ou nas campanhas de aleitamento materno. O bebê não nasce sabendo sugar e nem a mãe “sabe ensinar”, é uma via de mão dupla que precisa de entrosamento imediato, pra que tanto um quanto o outro vá aprendendo o “movimento” até chegar no ponto certo.
Mas uma vez a população me enganou. Todos diziam: a dor da amamentação é só no primeiro mês. E ai passou um, dois, três, (eu rezando pra chegar aos 4, determinada a parar assim que voltasse a trabalhar) quatro, cinco meses e só ai a dor AMENIZOU, mas nunca passou por completo (acabou a licença e eu continuei dando o peito).
Em um dado momento, que não sei especificar qual, comecei a me achar indispensável na vida de Lucas por causa do peito, comecei a achar muito massa a dependência dele, gostava de vê-lo vir me “atacar” num desespero sem fim. E assim fui postergando o desmame porque não conseguia imaginar como seria não dar de mamar.
Até que um dia, chegando do trabalho, na hora de amamentar, me organizei, deixei ele todo confortável, botei o peito e ele sugou por um bom tempo, quando ficou satisfeito foi lá e mordeu (com seus lindos dentinhos recém nascidos). Fui no céu e voltei, mas decidi de imediato que tinha sido a última mamada. Sem traumas pra ele ou pra mim, o desmame foi findado quando Lucas completou exatos 08 meses. A sensação de dever cumprido existiu, mas ao mesmo tempo é como se cortasse o maior elo de ligação. São sentimentos que se misturam e não tem como ser explicado. Só vivendo pra saber.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Lukita Bacana


Lukita

Eita saudade,
Dessa que dói de verdade,
A gente sente uma dor no peito,
E fico me perguntando se isso tem jeito,
Esses dias mais que os outros,
Tornou-se um sufoco,
Às vezes passa um pouco,
Mais não para de doer,
Ixi ,como me faz sofrer,
Falta de uma coisa pikena,
Que cabe nos meus braços,
Mais o amor que sinto é o que vale a pena,
Queria só o seu abraço,
Vê seu sorriso vazio,
Alegrando seu titio,
Peço a Deus que passem logo as semanas,
Para poder ficar perto do LUKITA BACANA

Texto de presente. Oferecimento Tio Vinicius Carlos (meu irmão e tio de Lucas).Te amo Goro.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Por que crescer?


Esta noite pondo Lucas pra dormir (ao som de "borboletinha, ta na cozinha, fazendo chocolate...), me dei conta de que o tempo tá voando quase que na velocidade da luz. Meu rapaz não cabe mais nos meus braços tão facilmente como cabia a 01 mês atrás, além do que, tá ficando complicadíssimo suspendê-lo pra coloca-lo no berço.
Foi aqui neste momento que pedi aos céus: “Meu filho, por favor, não cresça” (egoísmo e protecionismo feroz da minha parte). Tô vendo a evolução e o crescimento dia após dia. Iniciou com os sorrisinhos, veios os rolamentos pra cá e pra lá, em seguida ergueu os braços para que o pegássemos no colo, ficou em pé no berço, passou a reconhecer minha voz e meu rosto (essa é uma alegria inexplicável), passou a brincar sozinho e a chamar por companhia, surgiram os primeiros dentes, engatinhou timidamente, interage nas brincadeiras e já tem seus vídeos e canções preferidos na TV. Puxa vida...muita coisa rolou nesses 7 meses e meio.
É apaixonante vê-lo se desenvolver. É aqui que o amor grita mais alto e mais alto e te toma por completo. Hoje ele é minha fonte de energia imediata. Um beijo e um abraço nessa “coisinha mais linda que Deus me deu” revigora minha alma e me faz ficar forte para encarar as agruras do dia a dia.
Preciso dizer: ser mãe é sufocantemente fenomenal. Eu recomendo!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Dia dos pais

Há um ano atrás escrevi um post sobre o dia dos pais. Me perguntava e imaginava como seria o "Amorim pai".HOje, venho aqui pra falar dele, o "Amorim pai" que se revelou. Imaginava um pai protetor e zeloso, mas ele surpreendeu e superou todas as expectativas. NAsceu um amor inexplicável quando Lucas começou a fazer parte das nossas vidas. É comum falarmos do amor de mãe, mas o de pai, que veio com ele, exala, transpira, respira, transcende, é explicito, e não precisa descrição. Ele tá na cara e se mostra quase que 24hs por dia. Quando ele se planeja ou conta dias que o trabalho vai lhe tirar da convivencia diária com o "pituxo", ou quando ele conta o que ele comeu e como comeu, ou quando ele brinca tentando arrancar-lhe gargalhadas, ou quando ele pacientemente vai bota-lo pra dormir, ou quando dar-lhe o banho carinhosamente, ou quando se preocupa se a fralda ta cheia e vai troca-lo sem reclamar(seja xixi ou coco), ou quando ele pára simplesmente para olhá-lo (como se tivesse se perguntando:ele é meu mesmo?!), ou quando o admira (Nossa!!!como ele tá crescendo!).
Esse é o pai do Lucas, é o "AMorim pai" que tenho o prazer de descobrir todos os dias. É ele que me faz amá-lo cada vez mais. É ele a quem sempre darei como exemplo a ser seguido. É ele a quem meu filho sempre terá orgulho de ser filho.
Nesse dia dos pais LITERAL quero reafirmar todo o meu amor.
E agradecer por ser voce, o pai que eu sempre desejei pro meu filho.
Feliz dia dos Pais!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O amor transforma

Pra contar esse post, preciso ir pro inicio.
Lá em casa nós somos em 04 irmãos (2 meninas e 2 meninos), com 6 anos diferença de mim (a mais velha) para o meu irmão mais novo. Fomos criados e educados para estarmos e sermos unidos, independente de tempo e espaço. Sendo assim, gostamos de verdade de estarmos juntos. Hoje, cada um “dono do seu nariz”, estamos correndo para alcançar objetivos e construirmos nossas estórias, por isso vivemos a ausência de não podermos estar perto.
Toda essa introdução é pra deixar claro que sempre existiu muito amor em minha casa. O amor nas mais diferentes formas de expressão ou não (expressão). A minha mãe é a escraxada, a carinhosa e a falante. O meu pai é o oposto, mas com sua peculiar forma de amar.
Nos meus 32 anos de vida não consigo lembrar nenhum momento que eu tenha visto ou vivido uma situação de carinho explicito com meu pai. Mas Lucas, precisou apenas de 4 meses de vida pra fazer com que o seu avô derrubasse a expressão “fria” de sempre e se derretesse completamente.
A chegada de Lucas, meu filho, sobrinho dos meus irmãos e primeiro neto dos meus pais, fez com que o amor que já existia, se transformasse e transbordasse.
Assim descrevo a cena:
“Venho saindo do quarto com Lucas no colo, recém saído de um banho, todo cheiroso e risonho, quando me deparo com painho, com um sorriso largo nos lábios, os braços abertos (literalmente) vindo em nossa direção, iniciando um abraço triplo, distribuindo beijos pra nós dois e dialogando no famoso ´tatibitati´.”
Parece tão simples e comum?! Nao para a minha rotina.
Fiquei estarrecida de surpresa e alegria, tendo a mais pura certeza de que o amor transforma.
Minha mãe diz: o amor de vó é algo que vai além, não dá pra explicar, chega a sufocar, a doer no coração.
E foi assim que comecei a compreender...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filhos? É bom tê-los


Depois de alguns meses de adaptaçao e grande aprendizado com a chegada de Lucas.
Depois de sofrer muitas vezes por nao saber o que fazer, das dúvidas e angustias com o fim da licença maternidade. Depois da organizaçao da rotina "ser mae, esposa e profssional"até que enfim estou colhendo os louros. E que louros!!!
Nada melhor do que ter pra que e pra quem voltar depois de um longo dia de trabalho (fora de casa). Nao que eu já nao tivesse, afinal o maridinho supria todo amor que era necessário. No entanto, chega um momento em que queremos mais,sermos dois nao é suficiente, e entao nos tornamos três. Multiplicando, triplicando, "HIPERBOLANDO" todo o amor que já existia.
Nada melhor do que ver o seu "mais novo amor" rindo nao só com a boca, mas iluminando tudo tambem com os olhos, quando voce entra em casa buscando por ele, querendo saciar uma saudade de apenas um dia fora, mas que parece uma eternidade.
Essa coisinha miudinha, toda fofinha que vai crescendo a cada dia, tomou conta do nosso mundo. E pela primeira vez acato a voz da populaçao que diz: ser mae é muito bom!
Odiei ESTAR GRAVIDA, mas to amando ser mae e é por isso que eu recomendo.
É como ja dizia Vinicius de Morais:
"Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?"

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Foi assim...

Foi assim que peguei o pai: trocando a fralda cheia de coco e xixi, com o bebezinho lindo aos prantos e ele pacientemente o acalmando assim “vc é o amor da minha vida é? Vc sabe que o papai te ama? Precisamos deixar esse bebe limpinho”. A cena seria comum se não fosse com o meu marido, que nunca foi de muitos agradinhos com criança e nem nunca se imaginou pai.
Foi assim que me peguei: as 3hs da manhã bombeando leite e me acabando de sono. Terminada a tarefa, estava voltando pra cama, quando parei na porta do quarto do neném e fiquei ali por um bom tempo olhando-o dormir e achando aquela cena a coisa mais linda do mundo.
E foi assim que NOS PEGAMOS: Lucas mamando, revirando os “zoi” quase entrando em alfa, enquanto o pai tentava cortar as unhas do baby com aquele cortador miniatura, quando de repente ele pega a cabeçinha daquele dedinho minúsculo, o que conseqüentemente ocasionou um choro “duído”, sentido de dor. Me agarrei aquele corpinho num desespero de querer que a dor passasse pra mim, controlando as minhas lágrimas pra não deixa-las cair, porque o papai estava ali se sentindo um bosta, com os olhos marejados, escondendo o rosto e se culpando sem parar.
E foi assim que DESCOBRIMOS o amor incondicional. DESCOBRIMOS em caixa alta e bom som, porque fomos NÓS (Mãe e Pai) que nos pegamos vivendo situações inesperadas escraxando esse amor tão louco e tão sem palavras pra descrever. Foram nesses episódios simplórios que despertamos, pois agora temos outra razão de viver.

sábado, 2 de abril de 2011

Padecer no paraiso

No ultimo dia 30 Lucas fez 2 meses de vida, e nesse meio tempo desfrutei dos mais diversos sentimentos que se pode existir.
Descobri várias razões que desencadeiam uma depressão pos parto, não é difícil de se ter e é mais do real do que se possa imaginar.
A fragilidade que se instala na gravidez nos acompanha por um bom período depois do nascimento do rebento.
Nos doamos por inteiro, todas as energias e nutrientes são sugados no nosso seio para alimentá-lo (amamentação merece um post a parte). Somando-se a isso tem o fato de ser tudo novo: os receios , as dúvidas, o aprender a ser mãe. É aqui que você deixar de cuidar de si para servi-lo.
As noites tornam-se intermináveis, todos os dias são segundas-feiras e a rotina se resume a tentar interpretar os choros do bebezinho indefeso que não consegue falar mas tem muito a dizer quando está aos berros.
Pela fragilidade intensa, teve horas que me perguntei: pra quê eu inventei isso??? Teve instantes que questionei por que é tão difícil, se todos diziam ser tao lindo???Em alguns momentos, ao ver o marido sair pro trabalho, falei pra mim mesma: é a mãe que se Fu. Senti raiva por ter que ficar só, cuidando do filhotinho. Chorei junto com ele quando não fui capaz de fazer as terríveis cólicas passarem de imediato ou quando o cansaço pela falta da dormida me dominava loucamente. E na fantasia que a população cria pelo ato de parir e de se tornar mãe, mais uma vez deixa reclusa a realidade e a dureza do que é o pós parto.
Não me conformo com os avisos do tipo “se prepara”. Gostaria que fosse muito explicito o quão difícil vai ser quando você chegar em casa com uma criança nos braços, o quão estranho você vai se sentir, a quantidade de sentimentos e sensações que vão se misturar, e que você não precisa se culpar, pois é normal e tudo tende a melhorar.
Foi nesse mix de confusões que tive, que procurei aquele amor incondicional que tanto se fala. O amor incondicional é latente, fica escondidinho lá dentro. Ele mostra seus sinais quando, por exemplo, a avó pede pra levar seu filho pra passar a noite na casa dela e você, mesmo cansada, não é capaz de deixá-lo ir. Mas ainda não é nada explicito.
O amor incondicional exposto e escraxado vai sendo cativado no dia a dia e se revela louco quando você se pega com saudade do pequenininho enquanto vai ali na farmácia e o deixa em casa, ou quando você vê-lo descobrir coisas novas como chupar os dedos ou com um simples sorrizinho tímido.
É assim que vou padecendo no paraíso, revelando pra mim mesma o que é o amor incondicional e que ele realmente existe.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Luto da barriga

Passei os “10 meses” descrevendo aqui, os inúmeros desconfortos da gravidez. Nas vezes em que me queixava, sempre ouvi a população dizer: “você vai sentir falta da barriga”, ou “aproveita enquanto ele ta ai dentro”, ou “as coisas podem piorar depois do nascimento”, enfim, os depoimentos não eram nada animadores e relatavam o chamado LUTO DA BARRIGA.
Mais uma vez vou de encontro à população. Eu “enterrei a barriga” com a mesma alegria com que vejo o desenvolvimento rápido desse serzinho que ela me trouxe.
Eu não me incomodei em nenhum momento por deixar de ser o centro das atenções e ofereci, por livre e espontânea pressão (e vontade), esse posto ao meu rebento.
Uma das melhores sensações pós parto, foi conseguir enxergar os meus países baixos sem o auxilio de um espelho (kkkk), alem, é claro, de poder sentir os diversos aromas da vida sem ter que correr pro banheiro pra clamar por HUGO.
As dificuldades e desconfortos pós-barriga são outros, mas como eu sempre disse, eles podem ser divididos com o marido, a mãe, uma irmã, enfim, hoje eu partilho.
Tenho que confessar que não consigo pensar em estar grávida novamente, mas peço a Deus que essa alegria e esse grande desafio de ser mãe, me faça esquecer os 9 meses de espera (quer dizer, 10), para que eu tenha força e coragem de dá um companheirinho (a) pro meu filhote algum dia.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Bastidores da estreia

Depois que decidi como iria trazer meu filho ao mundo (a cezaria), passei a ouvir relatos e depoimentos negativos sobre a cirurgia. Que a recuperação era lenta, que o pós operatório era muito dolorido, que as limitações nos impedia do contato e dos cuidados direto com o novo rebento, enfim... Apesar de todas essas desvantagens e pavores, meu maior medo era a anestesia (tenho medo ate da anestesia no dente).
Cheguei na maternidade numa tranqüilidade assustadora, contudo ela foi quebrada no instante em que a enfermeira foi me buscar no quarto avisando que era chegada a hora.
Cai num choro compulsivo enquanto era empurrada numa cadeira de rodas, achando aqueles corredores gigantescos, que estavam lotados de amigos e familiares emanando muita energia positiva, compartilhando da mesma ansiedade que eu.
No bloco cirúrgico estava acompanhada do maridinho e da minha cunhada médica, e tê-los lá dentro me fez sentir segurança (fora a certeza de que não iriam trocar meu baby, pois havia deixado tudo acertado: não desgrudar os olhos de Lucas até que tudo estivesse organizado).
Quando ouvi o chorinho, consegui relaxar por um instante. Mas o inconsciente é algo impressionante, e mesmo já ficando grogue, ainda perguntei: ele tem a “ureiona”??? kkkkkkk... (todo mundo dizia que ele iria herdar a “ureia”do pai, mas puro engano..rssss)
A cirurgia é muito rápida, a anestesia não foi nenhum bicho de sete cabeças e a emoção de sentir seu filho pela primeira vez ao seu lado, é uma emoção indescritível.
E a dor do parto? Se resumiu a um incomodo nos ombros pela posição desconfortável durante a cezaria.
E quanto ao resto? As dores das gases? O pós operatório? Nada a declarar, pois nao tive nada, nao senti nada. Foi só “correr” pro abraço e aplaudir de pé a estréia do meu menino.
Lucas nasceu as 20:05 do dia 30 de janeiro de 2011, com mais ou menos 3.700kg e 56cm. É forte, cheio de saúde e lindo!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Estréia com data marcada: 30/01/11

Após quase 10 meses (39 semanas e 3 dias) de muitas alteraçoes no corpo, 18kg a mais, axilas e virilhas escurecidas, buxexas salientes e manchadas, braços bem protuberantes, enjoos infernais, dores no baixo ventre e um buxo gigantesco, é chegada a hora de tudo ter um fim para um novo recomeço.
Na realidade é uma estreia com data marcada: dia 30 de janeiro de 2011 Lucas virá ao mundo.
Alguns mais conservadores podem até se questionar e julgar por que não ter um parto normal? OU podem gritar aos quatro ventos: que mãe será essa que se exime de sentir as dores do parto natural, onde realmente se sabe o que é ser mãe?
Não devo explicações, mas tô aqui para expor as peripecias de uma gravidez de acordo com os meus proprios sentimentos e sensaçoes.
O processo de “Padecer no paraíso” (ser mãe) inicia-se no exato momento no qual descobrimos estar gravida. Porque é dai que vem todas as alteraçoes e desconfortos que já descrevi em posts anteriores, além das inúmeras restrições em prol da nova cria (parar de beber, nao poder tomar remedio mesmo quando se tem dor, não conseguir dormir direito, perder as roupas preferidas etc etc etc). E a partir dai vem o aprendizado que ainda está por vir.
A escolha pelo tipo de parto, veio depois de muita pesquisa, leituras e depoimentos. Deve ser lindo, xou de bola, uma experiencia transcendental, mas o parto natural não combina comigo (kkkkk). Além do que, mesmo que eu quisesse não iria rolar. Meu rapaz vai chegar em média com 4kg, o diamentro da cabeçinha dele tem mais ou menos 10cm, e segundo a minha médica seria um estrago felomenal nas partes baixas (kkkkkk). Sendo assim, juntamos o útil ao agradavel, e marcamos a data de estreia de Lucas nesse mundo de meu Deus.
A população fica a me perguntar se tô ansiosa pra ver o rostinho dele, mas juro por tudo quanto for mais sagrado que só consigo pensar e pedir pra que ele venha cheio de saude, com todos os orgãos em perfeito estado e que me dê muito discernimento e boas intuições para ser capaz de ultrapassar as dificuldades dos primeiros meses, a fase da adaptação. Tô contando os dias (agora mais do que nunca) para conhecer o amor incondicional, para que a partir de segunda-feira a “mulher-maravilha” desabroche em mim com força total.
Os ultimos dias são cansativos demais, as dores aumentam constantemente, mas a cada exame ou ultrason, começa a surgir aquela sensação do dever cumprido, que esse buxo foi uma residencia perfeita pro meu filho, embora ainda tenha que ralar bastante pra que ele não sinta falta do “quentinho do meu utero” e que seja corojoso o suficiente pra enfrentar a sua missão aqui na terra, contando sempre com o nosso apoio e acompanhamento, nos permintindo cada vez mais a sermos pais.
Seja bem-vindo filho! Seremos sua principal platéia nessa tão esperada estréia.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Qual a parte boa?

Passei quase os 9 meses inteiros a perguntar qual era a “parte boa” do estar grávida.
Pois a cada alteração hormonal, a cada novo incomodo, a população só insuflava a massa a dizer que tudo tendia a piorar, que isso era só o começo.
Enquanto a barriga crescia aceleradamente, os seios desabrochavam comedidamente e as limitações surgindo a medida que os dias vão ficando pra trás.
No meio desse turbilhão de transformações não conseguia enxergar a “parte boa”, e mais uma vez ninguém me contou.
Demorou 9 meses (36 semanas) pra que eu conseguisse me dá conta do que sempre acreditei: tudo tem seu lado bom.
Sabe aquele atendimento preferencial, dos bancos, supermercados? Descobrir que ele traz algo mais. Não é somente ter o direito de ser a primeira a ser atendida, por trás da lei revelou-se o cuidado de estranhos pra que eu me sentisse confortável diante de uma fila. E se tive a sorte de ter isso com estranhos, é possível imaginar da família e amigos???
Meus pais e irmãos me deram mais regalias do que o normal, não deixando faltar quitutes que se tornaram essenciais pra esse buxo gigante, além da preocupação constante com o meu bem estar (deite aqui; bote o travesseiro assim; deixe o ventilador na sua frente etc etc etc).
No trabalho, o tempo inteiro recebi carinho e atenção, adicionados a doses cavalares de compreensão pelas crises de enjôos sem fim.
O marido me enche de mimos e agrados, me cercando de cuidados na tentativa de amenizar os incômodos. Foi atrás com muita determinação do único desejo que tive durante toda a gravidez: leite saído da vaca.
E foi assim, avaliando todo o tempo, que consegui a resposta da minha incessante pergunta: onde está a “parte boa”??? Não está somente na certeza de ta gerando um filho, mas também nos bons sentimentos que estar grávida pode incutir nas pessoas, mesmo no meio da multidão.

sábado, 8 de janeiro de 2011

36 semanas = 9 meses????

Chegamos as 36 semanas e acabamos de descobrir que a matematica da gravidez nao é a mesma que aprendemos na escola. “Depois de 9 meses voce ver o resultado”, trecho de umas das lindas poesias que cantadas pelo É o Tchan, nos deixou na mais pura ilusão, ao nos depararmos com a informação de que (grosseiramente) o resultado so vem depois de 10 longos meses. Ou seja, esse buxo ainda irá render até o final de janeiro. Aja disposição!
Ao contrário da atriz Juliana Paes, não tenho nenhum problema em dizer que engordei 17kg até agora. A meta é chegar a 1 tonelada (kkkk). Dos 17kg, 3,300kg pertence ao baby, e meu corpo está pedindo arrego desesperadamente.
As costas doem, mais especificamente no cocix (dizem que é o quadril se alargando), e os pés sofrem com o sobrepeso. Preciso andar cuidadosamente, porque qualquer desequilibrio pode me fazer rolar feito um barril ladeira a baixo. Sentar e levantar, coisas antes tão simples, demandam uma certa dificuldade.
Há mais ou menos 2 semanas, sinto a virilha dolorida como se tivesse feito várias séries de agachamento e isso vem associado ao incomodo com a movimentação de Lucas tentando se encaixar na posição correta para o nascimento.
Não sabia que as alteraçoes hormonais (leia-se gravidez) atingiam tambem ao cerebro. Já vinha percebendo a minha dificuldade de concentração, a diminuição do raciocinio rápido e até mesmo a construção de frases e pensamentos. Havia percebido que estava andando desatenta, mas só tive minhas percepções confirmadas ontem na consulta médica. Fui proibida de dirigir e solicitada a entrar de licença no trabalho em virtude de tudo que descrevi acima. Descobrimos que a gravidez nos faz perder quase todos os reflexos a medida que se aproxima o parto. E isso piora a partir do momento em que não conseguimos mais ter uma noite inteira de sono (já não sei o que é dormir de verdade desde os 7 meses e meio). Acho que essa é preparação que Deus dá para ir acostumando o corpo para o que está por vir no pós parto.
O cansaço vem me consumindo, mas tras consigo a ansiedade de ver com os próprios olhos o aprendizado diário de sermos pais.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

2011 - Um novo Ano

Preciso admitir que nunca entro no clima dessas convencoes estilo reveillon. ‘E um momento que as pessoas reveem seus conceitos e se auto-avaliam, mas so dura alguns dias. O que muda pra gente dormir e amanhecer com o ano alterado???Normalmente ‘e so trocar a agenda e iniciar tudo de novo.
Mas 2011 ‘e realmente um novo ano, o ano das trasnformacoes, das mudancas e das adaptacoes.
Sera o ano do aprendizado, do se doar, do conhecer outra forma de amor. Sera o ano de estimular a minha paciencia, de querer como nunca a familia por perto, de juntar forcas e de se unir ainda mais ao marido. Porque 2011 ‘e o ano de aprendermos a sermos pais.
Um novo ano em que os bons pensamento e sentimentos devem nos acompanhar o tempo inteiro.
O ano virou, entrou da mesma maneira que o passado, mas nos guarda as melhores surpresas que podemos esperar. Ele se tornara ainda mais real, quando trouxer o nosso mais novo amor.
Hoje so consigo desejar e esperar muita saude pra 2011, o resto vem como consequencia.
Feliza Ano Novo!