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terça-feira, 17 de agosto de 2010

A tia vai casar

Namorar sempre foi um tormento, se abusava rapidamente do rapaz da vez. Em casa, todo mundo brincava: “vai ficar pra titia”. Ao contrario de mim, namorou e ficou muito pouco (hihihihi). Quando falávamos em casamento, “ela” se arrepiava toda, morria de medo, tinha verdadeiro pavor mesmo. E eu, constantemente ansiava que “ela” encontrasse alguém.
Quando um namoro passou dos 06 meses, fomos ao delírio. Era um bom sinal. Levou o namorado pra que a família conhecesse; ia ao cinema; saía à noite de mãos dadas; fazia programas de casal, enfim, encontrou alguém. E quem diria??!!! Esse namoro durou 07 anos, virou noivado, casamento marcado e desfeito a 30 dias da sua realização. “Ela” havia encontrado alguém, mas não o amor. Foi aqui onde percebi a diferença entre se ter alguém e se ter amor.
Toda a família sofreu com o rompimento. Mas a força que “ela” tem se sobressaiu a dor da decepção. Não há males que não traga bem. Unimos-nos como nunca, nos reaproximamos como na época em que éramos apenas meninas, reconstruímos nossa confiança mútua, nos fizemos mais presentes, nos amamos mais.
Depois da tempestade veio a bonança. De tanto a população falar, especular, fofocar e às vezes ate afirmar, os melhores amigos passaram a se olhar diferente, a se perguntar “será que é?”. E o melhor de tudo é que era, quer dizer, foi, na verdade é! Mais uma vez encontrou alguém, só que não precisava levar pra família conhecer: a família já o conhecia muito bem e já o admirava desde sempre. Foi recebido como se já fizesse parte do nosso mundo. Sofreu com os falatórios, sofreu porque não queria ocupar lugar de ninguém, teimou que não podia ter o carinho de todos assim tão rapidamente. Perguntávamos-nos por que não se ele sempre esteve presente???
Assim 02 anos se passaram. O namoro vingou, o noivado chegou e o casamento marcou. Próxima sexta-feira a família e amigos estarão em festa, numa alegria sem noção, porque dessa vez o amor chegou ao mesmo instante que encontrou alguém.
“Ela”, minha irmã, casa dia 20/08/10, com todas as pompas e paetês que merece. Decidiu que iria casar assim como quem escolhe uma bicicleta, numa confiança tamanha que não lhe era comum. O pavor de casamento sumiu, restou a certeza e o desejo forte de ser feliz. Os medos ainda existem, mas quem não tem medo? Acho que o medo nos torna capaz!
A “ela”, minha irmã, quase uma mulher casada, e tia que sempre quis ser, desejo toda a felicidade e amor do mundo.
Estando cada vez mais certa: QUE TUDO TEM UMA RAZÃO DE SER!

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