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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Os quatro meses

Quatro meses se passaram. Os enjôos diminuíram, mas não pararam. Há dias que não sinto nada, mas há outros (como hoje) que vou à loucura como no primeiro mês. Hoje, parece que tudo conspirou contra.
Acordei com o mau estar de costume, mas um cheiro teimava em piorar o negocio. A minha vizinha resolveu cozinhar, logo cedo, alguma coisa que exalava um “cheiro” tão forte que empestou todo o meu apartamento. Entrei em desespero. Fui tomar banho rapidamente na intenção de sair correndo de casa. Na hora de por o desodorante, por pura distração, peguei aquele o qual não suporto sentir o cheiro, mais uma vez voltei pra debaixo do chuveiro esfregando loucamente as axilas pra tirar aquilo de mim. Troquei de roupa ligeiro como quem rouba, peguei minhas coisas e fui direto pro elevador. Já no corredor, era uma mistura de “aromas” que aumentavam minhas náuseas de forma aterrorizante. Na saída do prédio descobri: estão asfaltando minha rua. Misturou o cozinho da comida da vizinha, o maldito do desodorante, o cheiro do asfalto e o estomago vazio. Ai meu Deus do céu que tortura!!! Só consegui melhorar quando cheguei ao trabalho e fiz um lanche.
Algumas pessoas já vem a dizer “ah, isso vai parar nos 05 meses”. E eu continuo a esperar. Já notaram que todo mês aumenta mais um mês ne?! Affi!!!
Mas, contudo, portanto, todavia, já comecei a imaginar o novo cantinho dele. Fico pensando que precisa ser lindo, confortável, pra tentar ao máximo se comparar a morada dele hoje (o meu útero). Já ouvi tanto falar que os bebês relutam em sair de dentro da mãe, porque é o local mais seguro e perfeito pra ele, tem de tudo (comida, bebida, frio, calor, tudo na medida certa). Às vezes me sinto ate egoísta quando quero que o tempo passe logo pra ver a carinha dele, pra pegá-lo no braço. Sei que alguns sentem um medo de sair, de vir ao mundo, mas temos tanto amor para dá-lo, tanta vontade de tê-lo, que tenho absoluta certeza que ele também sente essas vibrações.
Nas inúmeras vezes que acordo durante a noite pra fazer xixi, demoro um pouco a voltar a dormir, ai rezo passando a mão na minha barriga, e não consigo parar de pensar como será quando ele estiver aqui. Penso nas mudanças, penso nas “perdas e nos ganhos”, e peço a Deus que me faça ser uma boa mãe e o Amorim um bom pai, que eu consiga fazê-lo ser um bom filho, e que estejamos sempre unidos para sermos capazes de ultrapassar todos os obstáculos e provas que virão. Pois com certeza virão!

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