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Hoje sou LITERALMENTE uma mae de primeira's, àvida a descobrir a cada dia o prazer de "ser-la"

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Qual a parte boa?

Passei quase os 9 meses inteiros a perguntar qual era a “parte boa” do estar grávida.
Pois a cada alteração hormonal, a cada novo incomodo, a população só insuflava a massa a dizer que tudo tendia a piorar, que isso era só o começo.
Enquanto a barriga crescia aceleradamente, os seios desabrochavam comedidamente e as limitações surgindo a medida que os dias vão ficando pra trás.
No meio desse turbilhão de transformações não conseguia enxergar a “parte boa”, e mais uma vez ninguém me contou.
Demorou 9 meses (36 semanas) pra que eu conseguisse me dá conta do que sempre acreditei: tudo tem seu lado bom.
Sabe aquele atendimento preferencial, dos bancos, supermercados? Descobrir que ele traz algo mais. Não é somente ter o direito de ser a primeira a ser atendida, por trás da lei revelou-se o cuidado de estranhos pra que eu me sentisse confortável diante de uma fila. E se tive a sorte de ter isso com estranhos, é possível imaginar da família e amigos???
Meus pais e irmãos me deram mais regalias do que o normal, não deixando faltar quitutes que se tornaram essenciais pra esse buxo gigante, além da preocupação constante com o meu bem estar (deite aqui; bote o travesseiro assim; deixe o ventilador na sua frente etc etc etc).
No trabalho, o tempo inteiro recebi carinho e atenção, adicionados a doses cavalares de compreensão pelas crises de enjôos sem fim.
O marido me enche de mimos e agrados, me cercando de cuidados na tentativa de amenizar os incômodos. Foi atrás com muita determinação do único desejo que tive durante toda a gravidez: leite saído da vaca.
E foi assim, avaliando todo o tempo, que consegui a resposta da minha incessante pergunta: onde está a “parte boa”??? Não está somente na certeza de ta gerando um filho, mas também nos bons sentimentos que estar grávida pode incutir nas pessoas, mesmo no meio da multidão.

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